A doação de quotas já foi tratada como a solução “padrão” do planejamento sucessório no Brasil. Durante muito tempo, parecia simples, direta e eficiente. Mas o patrimônio das famílias mudou, as relações mudaram, a legislação mudou.
E agora, às portas de 2026, a doação mostra suas fragilidades com clareza: é instável, abre espaço para conflitos e pode custar caro a longo prazo.
A verdade é que esse modelo envelheceu mal. E merece ser aposentado.
A doação cria conflitos que só aparecem anos depois
A doação é uma fotografia congelada da família naquele exato momento.
Só que a vida segue.
E quando ela avança, a estrutura doada não acompanha.
Novos casamentos, separações, nascimentos, reaproximações, dívidas, divergências entre irmãos.
Tudo muda. A doação não muda.
É aí que surgem as disputas de colação, divergências sobre legítima, contestações de herdeiros e tensões conjugais.
Nada disso aparece no dia em que a doação é assinada.
Mas aparece depois. Sempre aparece.
A doação antecipa tributação no pior momento possível
A maioria das famílias esquece isso:
doar hoje significa pagar imposto hoje.
O ITCMD progressivo, que vem se consolidando em vários estados, transforma a doação em um fato gerador antecipado, caro e difícil de ajustar.
E o pior: como a estrutura já está doada, qualquer correção futura exige nova incidência de impostos.
A doação trava a família.
Engessa decisões.
Remove flexibilidade.
A sucessão deixa de ser planejada e passa a ser uma corrida contra efeitos já produzidos.
A doação não protege contra terceiros
Ao receber quotas por doação, o herdeiro vira sócio imediatamente.
E, como sócio, traz consigo todo seu contexto pessoal:
• riscos de penhora por dívidas próprias
• interferência de cônjuges ou ex-cônjuges
• reflexos em ações de divórcio
• influência externa nas decisões estratégicas
• exposição da empresa a disputas particulares
A doação abre portas que deveriam permanecer fechadas.
E, quando isso acontece, ninguém consegue voltar atrás.
A doação depende da emoção; a sucessão depende da técnica
A doação funciona enquanto tudo está bem.
Mas sucessão não é sobre o hoje.
É sobre o dia em que o fundador faltar.
E, nesse dia, o que vale não é o afeto:
é o estatuto, é o acordo de acionistas, é a arquitetura societária.
A doação trabalha com vínculos afetivos.
A sucessão eficiente trabalha com governança.
E 2026 será um ano de alta litigiosidade familiar.
Estruturas frágeis não sobreviverão a esse cenário.
A arquitetura moderna substituiu a doação pela S/A
As famílias que estão olhando para o futuro já entenderam o movimento.
Elas migraram para a S/A de capital fechado, porque ela resolve tudo o que a doação não consegue resolver:
• sucessão por ações, sem antecipar imposto
• blindagem contra terceiros
• controle centralizado no núcleo familiar
• continuidade automática, sem rupturas
• governança que neutraliza conflitos
• proteção em casamentos, divórcios e crises
• estabilidade jurídica entre gerações
A S/A não depende da emoção.
Depende das regras.
E regras atravessam gerações.
Doação foi um caminho do passado.
A S/A é o caminho que faz sentido em 2026.
Conclusão
A doação de quotas não acompanhou a complexidade das famílias, nem o ambiente jurídico e tributário atual.
Ela é instável, arriscada, cara e emocionalmente vulnerável.
Famílias que desejam paz, eficiência e continuidade precisam de uma estrutura que resista à passagem do tempo — e ao comportamento humano.
E essa estrutura não é a doação.
É a S/A.
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