Daqui a alguns dias, você vai se sentar à cabeceira da mesa. Ao redor, estarão seus filhos, talvez netos, e as pessoas que dão sentido a tudo o que você construiu nas últimas décadas. É um momento de celebração, de olhar para a família e sentir aquele orgulho silencioso de quem providenciou segurança e conforto para todos ali.
Mas, neste Natal de 2025, existe uma presença invisível naquela sala.
Enquanto você vê legado e continuidade, a nova legislação tributária vê um fato gerador. Enquanto você brinda à prosperidade da família, existe um “sócio oculto” calculando, com voracidade inédita, a fatia que lhe cabe desse patrimônio.
Se o seu planejamento sucessório não foi blindado este ano, sinto lhe informar: em 2026, o Estado vai puxar uma cadeira e sentar-se à mesa da sua família. E ele não vem para celebrar; ele vem para cobrar.
O Fim da Era da Inocência Patrimonial
Até muito pouco tempo atrás, adiar o planejamento sucessório era um erro gerenciável. O custo da inércia era alto, mas previsível. Isso acabou.
Como venho alertando nos últimos meses aqui no blog — especialmente sobre a ilusão da doação de quotas simples —, o cenário mudou drasticamente. A virada para 2026 marca a consolidação da “Tempestade Perfeita” sobre o patrimônio familiar:
- A Progressividade do ITCMD: Aquela alíquota fixa e “suave” que muitos estados praticavam é passado. A partir de agora, a lógica é punitiva: quanto maior o patrimônio que você acumulou, maior a mordida. Em grandes heranças imobiliárias, a fatia do Estado pode saltar para patamares que inviabilizam a liquidez da família.
- O Cerco ao Planejamento Amador: As ferramentas que funcionavam há 5 ou 10 anos (como a doação pelo valor de custo sem critério ou a holding “de prateleira”) estão na mira da Receita. A legislação fechou o cerco contra a chamada “elisão fácil”.
Na prática, aquele convidado invisível na sua ceia está olhando para o imóvel onde vocês celebram o Natal, para a casa de praia e para as aplicações financeiras, e recalculando a parte dele com uma calculadora nova — muito mais agressiva.
Como “Desconvidar” o Sócio Indesejado
A boa notícia é que você ainda tem a chave da porta. O Estado só consegue sentar à mesa e exigir sua parte leonina se encontrar um patrimônio desorganizado e exposto à sucessão comum (o inventário).
A única forma técnica, legal e segura de impedir essa invasão patrimonial é através da Holding S/A de Capital Fechado.
Diferente das estruturas limitadas (Ltda) tradicionais, a S/A oferece um nível de sofisticação que afasta a incidência direta dessas novas agressividades fiscais sobre a pessoa física, permitindo:
- Governança Política: Você define as regras do jogo. Quem senta à mesa, quem vota e quem tem direito aos dividendos, tudo isso estabelecido em vida.
- Eficiência Sucessória: A transmissão do patrimônio acontece através de ações, dentro de um ambiente controlado, evitando o desgaste público e financeiro de um inventário sob as novas regras de 2026.
O Melhor Presente Não Cabe Debaixo da Árvore
Olhe novamente para a sua mesa de Natal. Pense no esforço que foi necessário para colocar cada tijolo do seu patrimônio de pé.
Você aceitaria que 15%, 20% ou até 25% de tudo isso fosse entregue a burocratas, simplesmente porque faltou uma assinatura em 2025? Permitir isso não é apenas uma questão financeira; é permitir que o fruto do seu trabalho seja desviado daqueles que você mais ama.
Janeiro já será um outro mundo.
O melhor presente que você pode dar à sua família neste Natal não é algo que se embrulha. É a garantia, jurídica e sólida, de que o patrimônio da família continuará pertencendo, exclusivamente, à família.
Aproveite as festas, mas não ignore o calendário. A MVP Capital segue operando em regime de plantão estratégico para as famílias que decidiram não pagar o preço da inércia.
Feliz Natal — e que em 2026, à sua mesa, sentem-se apenas os convidados que você escolheu.

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